Petrópolis, 28 de Março de 2024.
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  Construção Civil é campeã em acidentes de trabalho

Data: 29/03/2012

De acordo com os dados do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho, foram registrados 226 acidentes de trabalho nos meses de janeiro e fevereiro de 2012 no Brasil. A construção civil é o setor lidera essa lita, com 64 acidentes, representando 28,5% do total, seguido da industrial metal, com 30 registros neste mesmo período. Segundo o presidente da Construção Civil em Petrópolis, José Maria Rabello, a principal causa é a falta dos equipamentos de segurança.
- Nós só ficamos sabendo dos acidentes na cidade quando é grave, fora isso as empresas não informam ao sindicato. Não temos poder de fiscalização, por isso, contamos sempre com o Ministério do Trabalho que tem o poder de multar. A maioria dos acidentes é pela falta de equipamentos adequados, por isso, a construção civil é o setor que mais mata. 60% das empresas na cidade não fornecem o CAT ao sindicato – declarou José Maria, referindo-se ao formulário de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), que deve ser comunicada pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.
As Normas Regulamentadoras da Segurança e Saúde do Trabalho devem ser obrigatoriamente seguidas pelas empresas públicas e privadas. A de número 6 trata do Equipamento de Proteção Individual (EPI), como cinto de segurança para os trabalhos em local com mais de dois metros de altura, óculos e luvas de proteção, capacete, entre outros.
Em 2010, o serralheiro Marcos José Ribeiro, de 39 anos, morreu após sofrer um acidente numa serralheria em Itaipava. Ele foi atingido por um pedaço de madeira. Relato de funcionários, na época, foi de que outro funcionário, que também ficou ferido estava operando a máquina, que travou e soltou uma peça que teria sido a responsável por esse acidente de trabalho. No mesmo ano, mas no setor têxtil, o operador de máquina Ivan Amaral Barbosa, de 28 anos, morreu após ser puxado por uma máquina de produzir fibra de manta, no bairro Retiro.
Em 2008, o pintor Magno dos Santos, de 21 anos, recebeu uma descarga elétrica de 11.400 volts ao encostar-se a um fio de alta tensão na Rua Paulo Barbosa, no Centro, enquanto pintava a lateral de um edifício localizado na mesma via. A cadeira em que ele estava balançou atingindo os fios de alta tensão da rua. Ele morreu seis meses depois por não resistir às queimaduras espalhadas pelo corpo.

 

FONTE: DIÁRIO DE PETRÓPOLIS




 

 

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