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  102 casos de ocupação irregular no 1º Distrito

Data: 19/05/2009

102 casos de ocupação irregular no 1º Distrito

 

            Um mapeamento de Petrópolis revelou os pontos de ocupação irregular que oferecem riscos aos moradores. O primeiro distrito foi apontado como o mais crítico, com 102 casos.

 

            Área de Preservação Permanente (APP) estão sendo invadidas de maneira alarmente e Petrópolis. Nos últimos 40 anos, a cidade sofreu ais de 1.50 catástrofes devido a deslizamentos e outras construções em áreas de extremo risco. “Os locais de invasão são todos de Mata Atlântica, muito importante para a vida verde da nossa cidade, a restauração vai demorar um tempo”, apontou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Luiz Moreira Peixoto.

 

Segundo o secretário de Habitação, João Soares Orban, está acontecendo um processo bastante sério de grilagem na cidade. Muitas casas estão sendo construídas em lugares perigosos com um interesse puramente comercial, e os terrenos invadidos chegam a um nível de 50º de declividade, explicou.

 

Os locais mais procurados pelos infratores estão no 1º Distrito, devido à proximidade com o centro da cidade – 102 áreas já foram detectadas apenas nesta região. A área mais afetada fica na zona norte do bairro Alto Independência, até as cotas mais elevadas, com acesso pela Rua Antônio da Silva Ligeiro, até a Comunidade Vista Alegre. “As áreas invadidas costuma ter 1.500 m2 em média, loteadas em até 20 partes e vendidas entre R$ 1.500 a R$ 2 mil”, explicou Peixoto.

 

Na Rua Edson Carlos de Souza, no Alto Alcobacinha, a Tribuna encontrou uma grande área de desmatamento, que segundo um morador já está sendo vendida em lotes sem documentação.

 

No Quitandinha também há registros de ocupações irregulares, principalmente na Rua Ceará, no Conjunto Habitacional Raiane, foi encontrado um terreno desmatado de 3 mil m2, dividido em 23 lotes vendidos sem documentação, a R$ 2.500 cada.

 

Em fevereiro de 2008, cerca de 300 famílias foram retiradas de residências em áreas de risco de Itaipava, onde fortes chuvas provocaram deslizamentos de terra que mataram 9 pessoas e deixaram pelo menos 12 feridos. O então governo municipal atribuiu a tragédia à ocupação desordenada dos últimos 30 anos.

 

Outros bairros como Alto da Serra, Vil Rica, Bela Vista e Nova Cascatinha também estão sofrendo com o desmatamento ilegal das encostas.

 

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis – 17 de maio de 2009.

Autora: Marianny Mesquita




 

 

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