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  Em 10 anos, turismo no Brasil deverá movimentar US$ 140 bi

Data: 01/04/2009

Em 10 anos, turismo no Brasil deverá movimentar US$ 140 bi

 

Diferentemente da dificuldade pela qual passa o turismo nos mercados europeu e norte-americano, o Brasil apresenta sinais de que o setor deve avançar nos próximos anos e, especialmente neste momento de turbulência, deve se apoiar cada vez mais no mercado interno. Apesar de o País representar apenas 1,3% do total do turismo mundial, a atividade atingirá uma movimentação econômica de US$ 140 bilhões até 2018, de acordo com dados do World Travel & Tourism Council (WTTC ), ou Conselho Mundial de Viagens & Turismo.

 

Dados do Ministério do Turismo apontam para uma receita gerada pelo setor em 2008, de US$ 39 bilhões - com efeito de movimentação econômica esse número sobe para US$ 88 bilhões, segundo o WTTC. Considerando somente a receita, cerca de 85% do que foi registrado no ano passado, veio do turismo doméstico, reforçando a tendência que o mercado interno continuará como bola da vez, neste período econômico conturbado.

 

"O mercado brasileiro navegou nessa onda", comentou Luiz Barreto, Ministro do Turismo, ao contabilizar que, no primeiro bimestre, a venda de pacotes cresceu 15%, enquanto a ocupação hoteleira saltou 23%, comparando com o verão de 2008. Ele esteve na abertura do Fórum Panrotas - Tendências do Turismo 2009.

 

Para Barreto, a tendência de reforço nas viagens nacionais, continuará em 2009, sendo que o Ministério também, pretende estender o foco atuação, para a própria América do Sul, que com os problemas na economia mundial, será um mercado mais viável para reforçar a divulgação de nossos destinos. "A desvalorização do Real impulsionou as viagens internas, sendo que a elevação da renda contribuiu com o acesso de 20 milhões de novos consumidores", analisou o Ministro.

 

O Brasil ainda é o 14º país do mundo, entre 176 federações, em números de movimentação, e levando em conta a contribuição relativa à economia, cai para a 140ª posição, demonstrando que ainda há muito mercado a ser explorado, segundo o Conselho Mundial. Mas, conforme analisou a entidade, considerando a evolução da atividade turística por aqui, dentro de 10 anos, nosso País deve liderar o ranking do continente, do ponto de vista relativo (impacto do setor na economia do país). Hoje, o líder da América Latina é o México, e o mais bem situado no tabela da WTTC, com 53ª posição entre os 140 vistos.

 

Porém, entre os maiores mercados latino-americanos, de forma relativa, o Brasil ainda esta atrás de Costa Rica, Cuba, Argentina, Peru, Guatemala e Venezuela, só ganhando do Chile.

 

Estrangeiros

 

O Ministro do Turismo entende que, além do mercado interno, a captação de turistas da América do Sul é muito importante, e por isso, revelou um aumento de 20% nos investimentos em promoção dos destinos turísticos brasileiros na região sul-americana. "Essa estratégia faz com que ganhemos potência também na divulgação, já que vamos pagar em peso e não em euro", avaliou Barretto.

 

Ele contou que o principal emissor de turistas para o Brasil é a Argentina, de onde chegam 1 milhão de viajantes, sendo que o Chile é também tem grande potencial, com a projeção de, este ano, passar dos 300 mil visitantes.

 

No geral, os estrangeiros gastaram no Brasil US$ 5,78 bilhões em 2008, um salto de 16,8% comparando com o ano anterior. Ao todo, vieram mais de 5 milhões de turistas de fora.

 

Cinto apertado

 

Ao ver que 2009 será um ano de competição acirrada no mercado doméstico, as empresas, aéreas estão cautelosas. Constantino de Oliveira Júnior, presidente da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, por exemplo admitiu que será um ano difícil para fechar as contas e que pode haver queda de tarifas.

 

Já o presidente da WebJet, Wagner Ferreira, contou que reviu o plano de frota por conta do avanço mais lento do setor, mas que ainda crê em um crescimento de 5% na demanda doméstica.

 

Otimista, Pedro Janot, presidente da Azul Linhas Aéreas, disse que a informou que a empresa espera encerrar o ano com 1,8 milhão de passageiros e vai investir US$ 600 milhões em 2009.

 

 

Fonte: Diário Comércio, Indústria & Serviços – 19 de março de 2009.




 

 

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