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  Audiência para discutir terceirização de rotativos cancelada por ausência de representantes da CPTrans

Data: 19/12/2014

 

 

Audiência para discutir terceirização de rotativos cancelada por ausência de representantes da CPTrans

 

Paulo Igor diz que debate é importante para esclarecer dúvidas da população

Alegando que a subconcessão da exploração de vagas de estacionamento rotativo já foi debatida no Conselho Municipal de Transportes (Comutran), o presidente da Companhia Petropolitana de Transito e Transportes, Gilmar de Oliveira, comunicou nesta quinta-feira (18) que não compareceria a audiência pública convocada pelo presidente da Câmara de Vereadores Paulo Igor (PMDB) para debater o assunto. A audiência pública estava marcada para às 18h30 e foi cancelada, uma vez que não havia como esclarecer as dúvidas  sem a presença do representante da Companhia.  A subconcessão foi anunciada em publicação no Diário Oficial do município, no dia 18 de novembro. “Mais uma vez o presidente da CPTrans não compareceu a esta Casa para discutir um assunto importante para a população.

Lamentamos esta postura da CPTrans de se recusar a debater os assuntos que interferem no dia a dia dos petropolitanos. A alegação do Gilmar, de que o assunto já foi debatido na reunião do Comutran, não é pertinente.  A população não foi avisada que este assunto seria debatido na reunião do Conselho. Além disso,  existem muitos pontos a serem esclarecidos”, critica Paulo Igor.

“A subconcessão do  rotativo vem sendo debatida em Nova Friburgo. Lá esta questão passou pela Câmara de Vereadores, houve uma lei que foi votada na Câmara. Além disso, em Friburgo  a outorga inicial é de 10% de repasse para a prefeitura. Aqui em Petrópolis, a previsão é de que essa outorga seja à partir de 5%, isso pode causar perdas para o município. É uma pena que o presidente da CPTrans tenha optado por enviar uma carta e mais uma vez  não compareceu”, declarou o vereador Anderson Juliano (PT)

A notícia da terceirização do serviço vem causando insegurança entre servidores e funcionários da CPTrans, além de preocupação entre comerciantes e proprietários de veículos que utilizam os estacionamentos diariamente.  "Ainda não estamos convencidos de que a subconcessão é a melhor alternativa. Esta audiência tinha o objetivo de esclarecer  questões que não estão claras, como os valores divulgados pela CPTrans, uma vez a Companhia  alega baixa rentabilidade da operação. Existe também a preocupação com o reflexo da ampliação do número de vagas e com o destino dos funcionários da Companhia, que  estão inseguros. É importante que este assunto seja amplamente debatido, e isso não acontece dentro do Comutram.  A Câmara de Vereadores é o lugar onde este debate deve acontecer. Estamos falando de uma subconcessão por um prazo de 10 anos", considera  Paulo Igor.

Entre os pontos que precisam ser esclarecidos está a questão dos valores de arrecadação da cobrança feita nas 718 vagas demarcadas na cidade. O estacionamento rotativo é cobrado de 8h às 19h. Apesar disso, a CPTrans alega que das 11 horas diárias de funcionamento do rotativo, a taxa média de ocupação das vagas é de apenas 22%.  “Todos sabemos a dificuldade que existe hoje para se encontrar vagas para estacionamento rotativo, principalmente no Centro Histórico. Apesar disso, a CPTrans  alega que as 38 vagas de rotativo existentes na Rua Dr. Nelson de Sá Éarp, por exemplo, teriam média de ocupação de apenas 2,3%; na Rua Teresa – maior polo comercial da cidade – existem 227 vagas e a taxa média de ocupação, segundo a Companhia, seria de 10,6%; na Rua Irmãos D’Ângelo a taxa de ocupação das 53 vagas de estacionamento, é de 30,6%. No dia a dia os motoristas não encontram estas vagas disponíveis", pontua Paulo Igor.

Outro ponto a ser esclarecido pela Companhia é a previsão de ampliação da área de cobrança e rotativo que de acordo com a CPtrans passarão de das atuais 718 para 1.728 – 1.010 a mais na segunda etapa do processo. "Isso está preocupando os comerciantes de algumas áreas da cidade. Também nos preocupa a questão do plano de mobilidade urbana, que ainda não foi finalizado, e que pode ser impactado. Existem muitas questões que precisam de resposta. A postura da CPTrans, de não contribuir para a ampliação deste debate, é lamentável", considera o presidente da Câmara de Vereadores Paulo Igor.

 



 

 

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